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"Não sou ninguém além do que faço... Minhas atituldes falam mais que minhas palavras a respeito de mim... Aprendi a reconhecer meus erros... E corro a busca de concertá-los... Somos o que fazemos para mudar o que fomos..."

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Mais uma Noite

11 de Maio. Meu relógio marca 11h59min da noite. Estou sentado em minha cama e todos já deitaram, (o relógio acabou de zerar, é noite de 12 de Maio)... Acenderam a luz do corredor... Foi meu pai, disse que ouviu seu telefone tocar... Estranho, eu não ouvi nada. Mas como eu ouviria? Estava escutando a musica “Meus Passos” do CD mais ‘heavy’ de Oficina G3 com o volume mais alto no meu telefone com o fone de ouvido, seria impossível ouvir qualquer coisa além da musica... Bem... Fui ver o que fez com que o telefone tocasse, vi que não havia nenhuma chamada, falei pra ele e ele demonstrou um semblante ligeiramente confuso... Procurei e logo encontrei a causa, havia sido o despertador que estava programado para tocar às 00:00h, provavelmente ele o programou acidentalmente enquanto tentava desvendar entusiasmado os mistérios da nova tecnologia que havia ganho... Devolvi o telefone e voltei para a cama, busquei a mesma posição de antes, não muito agradável por sinal, ao menos estou protegido dos mosquitos, caso contrário, trocaria facilmente a cama pelo sofá... O som dos pedais furiosos da bateria, o grave do contrabaixo que harmoniza com a velocidade dos pedais, o som quase imperceptível do teclado e o arpejo incrivelmente veloz da guitarra, harmoniza o som de uma musica muito textualmente forte que logo me indaga com uma frase quase sem resposta, fazem parte da trilha sonora desse momento: “Quem vencerá uma guerra entre irmãos, uma guerra perdida? Quem perdera?... Um povo escolhido, um povo ferido...”. A música vai terminando lentamente em Fade Out, exclamando mais uma frase implacável: “Veja as ruínas de uma guerra feita por nossas mãos...”. Essa musica me põe a pensar sobre o que vivi a pouco tempo... Pode até lhe parecer estranho, mas me sinto bem ao ouvir as batidas pesadas dessa musica... De todo o CD na verdade, isso me alivia brevemente o amargor de algumas lembranças, é como um paliativo... Aí você pode estar se perguntando: “Putz, são 00h46min da noite, hora de muitos estarem deitados, na casa dele todos provavelmente já estão dormindo, e ele está sentado na cama, numa posição não muito agradável como ele mesmo disse, escutando rock no ultimo volume, e escrevendo ao invés de ir dormir?!” ...É eu sei você não se perguntou isso imagino, mas não custava nada acreditar que você realmente se importa não é?! Se não se perguntou nada sobre tudo isso, inda sim vou te explicar... Pois bem, agora são 01h03min da madrugada de quarta-feira... A quatro dias atrás, na sexta-feira, antes do dormir quando já havia deitado em minha cama, senti a sensação que não dormiria bem naquela noite... Não entendi porque aquele pensamento, mas a sensação tornou-se fato. Deitei às 11h45min mais ou menos, e acordei exatamente as 03h00min da madrugada do sábado, acordei meio que no susto, meu irmão acordou pouco tempo após mim, também assustado, estava muito escuro e peguei meu telefone que estava na cabeceira da cama, apontei a luz do visor na direção dele para ver como ele estava o olhar fixo e atônito também me assustou. Preocupado, tentei acalmá-lo e disse: “Que foi carinha? Tô aqui deita a cabeça e dormi tá?! Tô aqui contigo.”. Ele foi obediente e ainda meio confuso deitou a cabeça e em menos de um minuto já estava roncando de novo, diferente dele, eu não consegui mais dormir, virei às costas pra ele, logo ele acordou silencioso, e ele começou a gemer como se reclamasse de algo. Eu fiquei ali, na minha e calado, sabia que logo minha mãe o ouviria e o tiraria da cama, então mais uma vez pedi a ele que se acalmasse e fizesse silencio, mas pelo visto ele não queria me ouvir, continuou gemendo olhando em direção ao quarto de minha mãe, como se chamasse por ela... Ela não demorou muito a acordar e logo veio ao meu quarto para levá-lo para o quarto dela, era isso que ele queria. Eu permaneci parado como se estivesse dormindo, quando ela entrou no quarto, eu não queria que ela percebesse que eu estava acordado porque ela certamente perguntaria por que eu não estava dormindo e eu não saberia dar uma resposta concreta... Mal se passaram 5 minutos e meu irmão já estava dormindo onde queria, dormindo na cama de meus pais, ocupando o lugar que foi meu por pouco mais de sete anos, lugar que sinceramente me faz falta. Entendo perfeitamente o porquê de ele ter tanto afeto pelo cantinho naquela cama, afinal, que filho não se sente seguro perto dos pais? Eu continuei acordado sem conseguir pregar os olhos, me mexia de um lado pro outro na cama, mas não adiantava de nada... Já eram 03h35min e eu se quer pestanejava, parecia até que estava acordado a muito tempo, mas só haviam passado algumas horas... Pensei em algo para me distrair, então me lembrei do meu telefone e pra minha frustração só havia três por cento de bateria restante, mal escutaria cinco musicas sem que ele desligasse. Levantei-me da cama e fui enfrentar a densa escuridão que não me deixava ver um centímetro a minha frente do nariz, fui tateando as paredes até a cozinha, acendi a luz que não incomodou nem um pouco a minha visão, diferente do que geralmente acontece quando é madrugada e a luz se torna cegante em meus olhos cansados e ainda com sono, tomei um copo d’água e logo fui deitar de novo, repeti o ato por mais duas vezes, e na ultima aconteceu algo inusitadamente nojento, enquanto ainda estava escuro, senti algo tocar o dedão do meu pé direito e quando liguei a luz percebi que uma barata estava tateando meu pé, eu não podia fazer barulho afinal acordaria meus pais e isso não seria nada bom àquela hora da noite, então iniciei uma silenciosa perseguição a fim de me vingar do repugnante susto... Até que por fim a alcancei: “-Nojentinha, foi a ultima massagem que você fez!”. Lavei os pés e voltei para a minha cama, faltavam poucos minutos para as 04h00min. Queria fazer algo pra me distrair enquanto o sono não voltava... Então peguei meu telefone e fui procurar algo bom pra ouvir no radio, zapeando pelas estações acabei parando numa estação onde estava passando musicas românticas, logo a musica parou e uma voz grave e bem impostada começou a declamar uma pequena poesia, até que meu companheiro que parecia não gostar do que estava passando na estação decidiu dar um basta naquilo, então a minha única companhia me abandou, ele descarregou... Mais uma vez levantei-me da cama e fui até a sala e sem ter o que fazer me sentei em frente ao aparelho de som, e fiquei observando a luz azul que fica rodeando o botão do volume... Fui à procura do carregador do telefone na instante e voltei ao meu quarto e fiz a reanimação do meu companheiro, retornei a sala e pensei em abrir as portas e ir para fora, eram 04h16min da manhã que já nascia, não o fiz, sabia que meus pais não gostariam da minha louca idéia... Voltei ao quarto e fui conversar com um amigo, e percebi o porquê não conseguia dormir, Ele havia me acordado e queria saber como eu estava então desabafei com Ele e foi uma ótima conversa. Passei um tempo deitado apenas pensando. As 05h28min fui pra fora, o dia estava muito bonito, estava amanhecendo e eu ali, durante toda a noite dormi apenas quase quatro horas. Passei o dia sem dormir. No sábado fui a uma vigília que estava acontecendo na igreja onde congrego, mais uma noite sem dormir, dessa vez ao menos por minha escolha, ótima escolha por sinal, meu amigo queria saber como eu estava e foi uma conversa rodeada de muita tranqüilidade e estar tão perto dEle me deu paz. Voltei pra casa, meio cansado às 05h16min, fui dormir e só acordei às 10h25min da manhã. Passou-se o domingo, a segunda-feira, a noite da terça-feira e agora são 05h18min da quarta-feira, dia 12 de Maio. Assim que deitei, mais uma vez tive a sensação que não dormiria bem, e aqui estou na mesma posição de quase duas horas atrás, as musicas pararam de tocar a quase uma hora e só me levantei duas vezes até agora... Uma para resolver o mistério do telefone de meu pai e a outra para fazer um telefonema frustrado, o numero para o qual eu liguei estava fora de área ou desligado. Nesse meio tempo de quase duas horas escrevendo fui interrompido por um telefonema que até me distraiu, mesmo não tendo haver comigo. Estamos só eu e meu companheiro que inda agora desligou do nada e me fez ter que reescrever parte desse texto, agora vou colocá-lo para a reanimação, afinal todo esse tempo nele já diminuiu sua energia. Eu vou tentar dormir... Deixarei por fim esse texto. São 02h30min da noite da quarta-feira 12 de Maio. Bons sonhos!

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